Em virtude da necessidade de suspender as atividades presenciais dos voluntários no Hospital Federal da Lagoa - HFL devido à pandemia e à quarentena imposta pelo governo em abril, o chefe do Setor Lagoa Voluntário, Dr Paulo César Cerdeira Campos, criou o Projeto de Tele Atendimento voltado para os pacientes oncológicos em tratamento no HFL.

Os voluntários atuam diariamente no ambulatório, preferencialmente pela manhã, visando dar apoio aos pacientes em situações de risco. O processo é deflagrado pelos recepcionistas que identificam a vulnerabilidade física e ou cognitiva do paciente, desacompanhado, que precisa se deslocar pela unidade para outro serviço.

O trabalho de Zooterapia se faz no jardim do hospital, em dias não chuvosos, todas as quartas-feiras, de 8:00 às 10:00 horas da manhã, sob a supervisão da médica veterinária Ana Stela Fonseca e da criadora de pôneis Françoise Denis. Os cavalos são conduzidos pelos funcionários da Hípica, que fica ao lado do hospital, e entram pelo portão de serviços.

A atividade é no ambulatório de oncologia, onde os pacientes aguardam a chamada da enfermagem para o tratamento quimioterápico. É uma proposta voltada para o gênero feminino, portanto só utiliza voluntárias que utilizam uma penteadeira móvel para transportar e distribuir gratuitamente adornos variados.

O ledor atua em ambiente hospitalar de internação, preferencialmente à tarde, fora dos horários institucionais das visitações. Em verdade a proposta de ler é apenas o mote para a abordagem inicial, pois, em verdade, o voluntário é treinado para ouvir. Quem tem necessidade de contar história são os pacientes internados. Estimula-se a construção de vínculo com a repetição das visitações enquanto o paciente estiver internado no HFL.

A fome é uma realidade contumaz nas portas de entrada do HFL. É uma oferta de serviço alimentar matinal, itinerante, necessária e oportuna para os pacientes que aguardam consulta médica no ambulatório. Decorre da utilização do excedente de café e biscoitos oferecidos aos pacientes que vêm para coleta de sangue.  Os voluntários utilizam um carrinho de rodas que transporta uma bombona com o café e os pacotes de biscoitos a serem distribuídos pelos corredores. Via de regra são os mesmos voluntários que antes serviram água aos pacientes da coleta de sangue no ambulatório.

A proposta é realizada na brinquedoteca que fica localizada no subsolo do ambulatório. A atividade é diária, manhã e tarde, visando atender à demanda de crianças agendadas para a pediatria. O espaço foi concebido de forma a comportar várias opções recreativas e apresentações de grupos teatrais para as diferentes faixas etárias.

O investimento em ambiência nos permitiu criar um espaço aberto que recebe doações de brinquedos, livros infantis, fantasias e outros dos próprios pacientes e dos funcionários do HFL. Assim, esse Modelo de Gestão Participativa e Colaborativa também atende aos pacientes em quimioterapia que não têm com quem deixar seus filhos, que no ato de brincar podem elaborar os transtornos emocionais do evento do câncer na família.

O trabalho de informação e conscientização para os visitantes é desenvolvido no hall do hospital, antes do horário de liberação para a visitação. A dinâmica da “roda de conversas”, com duração de uma hora, apresenta as principais recomendações do Serviço de  Controle de Infecção Hospitalar que devem ser seguidas pelos visitantes em prol da recuperação dos pacientes.

Esse investimento em cuidados estéticos com a aparência física arregimenta profissionais de salão de beleza (cabeleireiros e manicures) para cuidarem dos pacientes internados no 5º andar do hospital. Contamos com a colaboração das enfermeiras na indicação dos pacientes que solicitam os serviços à semelhança do trabalho dos Ledores. Todos os voluntários seguem as normas e cuidados para evitar disseminação da infecção hospitalar do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.

O risco de queda é uma probabilidade na porta de entrada do HFL no território da coleta de sangue ambulatorial. Essa atividade ocorre antes do Café cidadão oferecido após a coleta de sangue. Utiliza o mesmo carrinho, só que para servir copos d’água aos pacientes na sala de espera da coleta de sangue. Dois fatos significativos justificam a ação: os pacientes têm falsa crença de que não podem beber água antes da coleta de sangue; e os transportes públicos não têm banheiros. Assim, no verão, esse território apresenta alto risco de desmaios por desidratação associada ao requisito do jejum de 12 horas.

Os voluntários alertam aos pacientes e aos acompanhantes para comprarem garrafas d’água somente em supermercados, evitando comprá-las de vendedores ambulantes.

O apoio religioso está restrito aos voluntários que são treinados por lideres religiosos que pactuaram o modelo de apoio espiritual com o Setor Lagoa Voluntário. Dessa forma essa atividade não está aberta para inscrição.

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