A atividade é no ambulatório de oncologia, onde os pacientes aguardam a chamada da enfermagem para o tratamento quimioterápico. É uma proposta voltada para o gênero feminino, portanto só utiliza voluntárias que utilizam uma penteadeira móvel para transportar e distribuir gratuitamente adornos variados.
Grande parte do nosso público alvo são mulheres com câncer de mama. Além de ter sido mastectomizada a paciente perde sua cabeleira como efeito colateral da medicação. Há que se considerar também o impacto desses procedimentos clínico-cirúrgicos no relacionamento conjugal, conforme indicam as pesquisas.
Enfim, são vários os graus de agressões e discriminações biopsicossociais a serem enfrentados na busca da cura.
A dinâmica estimuladora do uso de adereços (anéis, pulseiras e cordões) é um investimento em autoestima, porém com concomitante orientação de prevenção de infecção durante a quimioterapia hospitalar: não usar bijuterias e a higienização das mãos. Assim, criamos uma conectividade entre os procedimentos de enfermagem e as recomendações da Meta 5, preconizada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.
À cena cotidiana da escolha das bijuterias mais adequadas, as voluntárias prestam assessoria na colocação da peruca ou na amarração do turbante. Além dessas atividades, também promovem animação cultural com a proposição de sorteios de brindes, distribuição de palavras cruzadas, a “festa do bolo” que comemora a alta da quimioterapia, etc. Muito “tititi” de salão que conduz a uma conversa amiga de apoio.
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